
Venda Direta
Rainha dos catálogos comanda um exército de 10 mil mulheres
10-10-2011 22:20
Um dos sucessos da venda direta em um país como o Brasil é o complemento de renda. Em muitos casos, acaba sendo a única fonte de remuneração das revendedoras. Mas nem todas as mulheres que gostariam de sair com um catálogo debaixo do braço para ganhar o sustento atendem as exigências das empresas - que pedem um tíquete mínimo de compras mensais, mais de 18 anos e, claro, nome limpo.
Desempregada, Márcia Cavalheira, colocou um megafone em seu carro e saiu pelas ruas de Osasco chamando mulheres para ajudá-la a vender produtos porta-a-porta. Percebeu que poderia centralizar a venda e contar com o auxílio de outras pessoas que a ajudassem a engordar o negócio - principalmente as que não pudessem assumir diretamente esse compromisso.
CriouO Rei dos Catálogos , empresa que faturou R$ 2,5 milhões no ano passado e reúne um exército de 10 mil mulheres que revendem 14 diferentes marcas - de calcinha a panela e produtos cosméticos. Muitas são analfabetas ou semi-analfabetas. Outras são adolescentes ou têm nome no cadastro do Serasa. "É um mercado imenso", diz. "Para muitas delas, garantir o supermercado ou a feira da semana já é o suficiente."
As "minhas meninas" - como Márcia se refere às revendedoras - são mulheres simples, humildes, como as cerca de trinta que compareceram à reunião de apresentação daYakult Cosmetics na última quarta-feira.
A idéia foi tão boa que Márcia decidiu vendê-la. A empresa já tem 18 franquias - mulheres que pagam à Márcia R$ 15 mil só para repetir o modelo de negócio, além de uma taxa mensal de royalties.
O desenho é simples: Márcia reúne as vendas de todas essas mulheres em seu nome e as repassa às empresas, comoAvon , Natura e De Millus . Dos 30% de margem que as empresas oferecem, Márcia diz ficar com 10% e repassar os outros 20%. Com isso, tornou-se a terceira maior revendedora Avon no Brasil, a primeira da região Sudeste. Resultado: já ganhou seis carros e uma viagem à Europa.
Tem ainda o lado "social". Em Osasco, onde mora, Márcia reúne 1,5 mil mulheres. Foi a um hospital da região que tem um plano de saúde a R$ 70, ofereceu o seu "exército" e conseguiu negociar o mesmo pacote por R$ 24. Fez o mesmo noBradesco . "Elas não precisam de depósito inicial", diz Márcia que avaliza as contas como pessoa jurídica. Mas a empresária também se cerca de cuidados. "Para quem tem nome sujo, só vendo à vista", diz. "Elas recebem do cliente, me pagam e eu entrego o produto."
Rainha dos catálogos comanda um exército de 10 mil mulheres
Daniela D'Ambrosio
12/05/2006
12/05/2006
Um dos sucessos da venda direta em um país como o Brasil é o complemento de renda. Em muitos casos, acaba sendo a única fonte de remuneração das revendedoras. Mas nem todas as mulheres que gostariam de sair com um catálogo debaixo do braço para ganhar o sustento atendem as exigências das empresas - que pedem um tíquete mínimo de compras mensais, mais de 18 anos e, claro, nome limpo.
Magdalena Gutierrez/Valor
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Márcia Cavalheira, da O Rei dos Catálogos, que faturou R$ 2,5 milhões em 2005, tornou-se a terceira maior revendedora Avon no Brasil, a primeira da região Sudeste
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Desempregada, Márcia Cavalheira, colocou um megafone em seu carro e saiu pelas ruas de Osasco chamando mulheres para ajudá-la a vender produtos porta-a-porta. Percebeu que poderia centralizar a venda e contar com o auxílio de outras pessoas que a ajudassem a engordar o negócio - principalmente as que não pudessem assumir diretamente esse compromisso.
Criou
As "minhas meninas" - como Márcia se refere às revendedoras - são mulheres simples, humildes, como as cerca de trinta que compareceram à reunião de apresentação da
A idéia foi tão boa que Márcia decidiu vendê-la. A empresa já tem 18 franquias - mulheres que pagam à Márcia R$ 15 mil só para repetir o modelo de negócio, além de uma taxa mensal de royalties.
O desenho é simples: Márcia reúne as vendas de todas essas mulheres em seu nome e as repassa às empresas, como
Tem ainda o lado "social". Em Osasco, onde mora, Márcia reúne 1,5 mil mulheres. Foi a um hospital da região que tem um plano de saúde a R$ 70, ofereceu o seu "exército" e conseguiu negociar o mesmo pacote por R$ 24. Fez o mesmo no
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